Desafio Literário de Férias: RESENHA#3 (Blog Doce Encanto)
e
Um Desafio realmente desafiante: RESENHA#1 (Blog Silêncio que eu to lendo) - Livro de Janeiro: Ler um livro de um autor Europeu (Alexandre Dumas era francês)
Sinopse - O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas
O futuro do jovem marinheiro Edmond Dantés parecia promissor. No entanto, a conspiração de três inimigos invejosos ocasionou sua prisão por catorze anos. O que ninguém esperava era que ele conseguiria sair da prisão, com uma sede de vingança que não pouparia nenhum dos responsáveis pela sua tragédia.
Comentários:
A pouco tempo assisti uma prévia de uma entrevista da atriz Emily VanCamp, protagonista da série Revenge. Para quem não sabe, a série é baseada livremente no livro "O Conde de Monte Cristo", onde a busca por vingança se torna a verdadeira protagonista. Essa série demonstra o valor que um clássico possui. Talvez o personagem de Edmond Dantés seja aquele que mais influência exerceu nos protagonistas de filmes, novelas e romances contemporâneos. Um homem acusado injustamente de um crime que não cometeu, obrigado a passar vários anos na cadeia. Durante esse tempo, ele fomenta a vingança contra os seus algozes. Mesmo diante de uma premissa utilizada largamente, as pessoas ainda se sente muito envolvidas com uma injustiça. Isso torna a vingança algo justificável, do ponto de vista moral. É como se todos que estivessem de fora dissessem em coro: Você pode fazer isso! Devolva o mal que lhe foi dado!
Os estudiosos da obra de Alexandre Dumas concordam que Dantés seja um personagem forjado na dor e na agonia, que renasce quando ele encontra meios para se vingar de seus inimigos. O grande mérito da obra é fazer você se envolver a ponto de torcer por Edmond, e acreditar que o que ele faz é algo legítimo, que precisa ser feito. Quem aqui nunca quis se vingar? Tudo bem, não é politicamente correto admitir isso, afinal de contas, somos pessoas de corações puros, isentas de defeitos, que sempre que podemos, damos a outra face (nem minha sobrinha de 2 anos acreditaria nisso, mas a gente finge). Mesmo sendo pessoas maravilhosas, incapazes de tal ato, não acreditamos que o que Dantés faz o torna um monstro. Na verdade, o deixa mais humano do que nunca. Assolado por um sentimento que o destrói, ele acredita que através da busca pela desforra, ele terá a paz que lhe foi arrancada. Mas o Conde de Monte Cristo não se restringe só a vingança. Somos confrontados com a traição por parte do juiz de Villefort, Danglars e Mondego, todos acreditando que Dantés é um empecilho para a ascensão a qual eles tanto almejam. A ambição é que dita as regras nesse caso. Não há como se proteger diante da emboscada que esses vilões armam para ele. Edmond sofre todos os infurtúnios e, mesmo buscando vingança, não encontra a paz de espírito que tanto necessita para seguir em frente. Na verdade, os únicos momentos que percebemos como sendo de sanidade e de alivio, é quando ele decide perdoar. Isso não ocorre facilmente, mas é interessante notar todas as nuances desse romance imperdível de Dumas
Não preciso nem dizer que sou fã de carteirinha da obra de Alexandre Dumas. E já faz um bom tempo que busco uma tradução que respeite tal obra em sua essência, e acredito que a Martin Claret conseguiu isso. A estória aqui é dividida em duas partes, então, para saber o desenrolar da trama, é necessário adquirir o volume II. O Volume I nos foi enviado pela editora, mas o volume II eu não resisti e acabei comprando. Eu não ia aguentar esperar para ler o desenrolar da estória (até parece que eu nunca li esse livro). A Martin Claret tem preços bem acessíveis e mostra que os clássicos de verdade nunca morrem. Eles hibernam por um tempo, e voltam mais fortes do nunca. Ler "O Conde de Monte Cristo" nos coloca em um patamar elevado dentro da Literatura. É beber de uma fonte inesgotável de conhecimento, demonstrando que um bom romance sempre vive para aqueles que se propuserem a ler.
"Um romance do Destino. Vítima e vingador, Edmond Dantés, o personagem central, encarna ele próprio, o destino. A história de um homem bom a quem roubam a liberdade e o amor. No cativeiro trava amizade com o abade Faria, que lhe oferece ajuda para a fuga. Um homem que regressará coberto de riquezas, vingador impiedoso, para além de toda a lei humana ou divina."
Elimar
Comentários:
A pouco tempo assisti uma prévia de uma entrevista da atriz Emily VanCamp, protagonista da série Revenge. Para quem não sabe, a série é baseada livremente no livro "O Conde de Monte Cristo", onde a busca por vingança se torna a verdadeira protagonista. Essa série demonstra o valor que um clássico possui. Talvez o personagem de Edmond Dantés seja aquele que mais influência exerceu nos protagonistas de filmes, novelas e romances contemporâneos. Um homem acusado injustamente de um crime que não cometeu, obrigado a passar vários anos na cadeia. Durante esse tempo, ele fomenta a vingança contra os seus algozes. Mesmo diante de uma premissa utilizada largamente, as pessoas ainda se sente muito envolvidas com uma injustiça. Isso torna a vingança algo justificável, do ponto de vista moral. É como se todos que estivessem de fora dissessem em coro: Você pode fazer isso! Devolva o mal que lhe foi dado!
Os estudiosos da obra de Alexandre Dumas concordam que Dantés seja um personagem forjado na dor e na agonia, que renasce quando ele encontra meios para se vingar de seus inimigos. O grande mérito da obra é fazer você se envolver a ponto de torcer por Edmond, e acreditar que o que ele faz é algo legítimo, que precisa ser feito. Quem aqui nunca quis se vingar? Tudo bem, não é politicamente correto admitir isso, afinal de contas, somos pessoas de corações puros, isentas de defeitos, que sempre que podemos, damos a outra face (nem minha sobrinha de 2 anos acreditaria nisso, mas a gente finge). Mesmo sendo pessoas maravilhosas, incapazes de tal ato, não acreditamos que o que Dantés faz o torna um monstro. Na verdade, o deixa mais humano do que nunca. Assolado por um sentimento que o destrói, ele acredita que através da busca pela desforra, ele terá a paz que lhe foi arrancada. Mas o Conde de Monte Cristo não se restringe só a vingança. Somos confrontados com a traição por parte do juiz de Villefort, Danglars e Mondego, todos acreditando que Dantés é um empecilho para a ascensão a qual eles tanto almejam. A ambição é que dita as regras nesse caso. Não há como se proteger diante da emboscada que esses vilões armam para ele. Edmond sofre todos os infurtúnios e, mesmo buscando vingança, não encontra a paz de espírito que tanto necessita para seguir em frente. Na verdade, os únicos momentos que percebemos como sendo de sanidade e de alivio, é quando ele decide perdoar. Isso não ocorre facilmente, mas é interessante notar todas as nuances desse romance imperdível de Dumas
Não preciso nem dizer que sou fã de carteirinha da obra de Alexandre Dumas. E já faz um bom tempo que busco uma tradução que respeite tal obra em sua essência, e acredito que a Martin Claret conseguiu isso. A estória aqui é dividida em duas partes, então, para saber o desenrolar da trama, é necessário adquirir o volume II. O Volume I nos foi enviado pela editora, mas o volume II eu não resisti e acabei comprando. Eu não ia aguentar esperar para ler o desenrolar da estória (até parece que eu nunca li esse livro). A Martin Claret tem preços bem acessíveis e mostra que os clássicos de verdade nunca morrem. Eles hibernam por um tempo, e voltam mais fortes do nunca. Ler "O Conde de Monte Cristo" nos coloca em um patamar elevado dentro da Literatura. É beber de uma fonte inesgotável de conhecimento, demonstrando que um bom romance sempre vive para aqueles que se propuserem a ler.
"Um romance do Destino. Vítima e vingador, Edmond Dantés, o personagem central, encarna ele próprio, o destino. A história de um homem bom a quem roubam a liberdade e o amor. No cativeiro trava amizade com o abade Faria, que lhe oferece ajuda para a fuga. Um homem que regressará coberto de riquezas, vingador impiedoso, para além de toda a lei humana ou divina."
A. Dumas. O Conde de Monte Cristo. Editora Martin Claret.
Elimar