
4º livro da série Myron Bolitar
256 páginas
Lançamento: 2013
Editora Arqueiro
Livro no Skoob
Myron Bolitar não é fã de golfe, mas, ao ser convidado por seu amigo Win para assistir ao Aberto dos Estados Unidos, aproveita a oportunidade para tentar conquistar novos clientes.E é o que acontece quando ele é procurado pelo pai de Linda Coldren, a golfista número 1 do ranking. Antes que perceba, Myron está novamente atuando como detetive, em busca de Chad, o filho de Linda que sumiu há dois dias.
O desaparecimento é mais um peso sobre os ombros do pai do garoto, o também golfista Jack Coldren, que lidera o torneio e luta para não repetir seu inexplicável fracasso de anos atrás.
Win se recusa a ajudar no caso ao ser informado de que foi sua mãe, com quem não fala há anos, que recomendou Myron à família Coldren. Mesmo sabendo que ela está à beira da morte, prefere manter distância.
Resenha:
Cara, o Harlan Coben estava muito
inspirado quando escreveu esse livro. É sem duvida um dos melhores da série do
Myron Bolitar. E não estou dizendo isso pela adrenalina, na verdade, de forma
atípica, esse não é o tipo de livro que faz seu coração pular e seu fôlego
falhar. Não, esse é daqueles para quem gosta de investigar pelas páginas do
livro. Tem seu lado animado, mas para quem já leu algo do Harlan, sabe que o
cara curte por adrenalina na veia do leitor.
Nesse livro finalmente vamos
descobrir porque o Win tem esse pavor da família e nunca fala do assunto. Ele é
rico, de uma família tradicional e cheia de posses, mas jamais toca no assunto.
Tudo começa quando Myron está lá
soltando inúmeras gracinhas sobre o Aberto de Golfe dos Estados Unidos (ele não
é fã de golfe, mas como é agente esportivo tem que botar o rabinho entre as
pernas e ir catar cliente porque tem muita grana envolvida). Um tio do Win vem
buscá–lo porque a mãe dele o indicou. A gente já vê logo que não vai dar certo.
A investigação começa quando
descobrimos que Chad, filho de 16 anos de Linda e Jack Coldren sumiu e os
sequestradores não querem que eles peçam ajuda a ninguém, especialmente a
polícia. Até aí tudo bem, típica trama de livros e filmes. HÁ! Era o que você
gostaria de pensar. Do melhor jeito Harlan de ser, o autor começa o labirinto.
Preste muita atenção no que você está lendo e repare muito bem em todos, nas
reações e em todas as frases. Como diria Poirot, um caso se resolve nos
detalhes.
Mas não adianta ficar animadinho,
logo a Esperanza vai chegar, Lindra Coldren vai prometer rios e fundos e Myron,
como sempre, vai se meter em encrenca. E o problema é que dessa vez o Win não
vai ajudar. E isso é um pouco da graça do livro e talvez o grande motivo para o
autor levar a trama mais nesse esquema de investigação pura e menos adrenalina.
Porque nós sabemos que sem Win botando o terror, a parada não é a mesma.
– O que diferencia os grandes atletas dos muito bons? O lendário do medíocre? Em suma, o que faz de alguém um vencedor?
– Talento. Treino. Habilidade.
Win negou com um leve movimento de cabeça.
– Você sabe muito bem que não é isso.
– Sei?
– Sim. Muitos têm talento. Muitos treinam. A arte de criar um vencedor é mais que isso.
– O tal olhar?
– Sim.
Com isso, vamos ficando cada vez
mais curiosos não só pelo paradeiro do garoto, como também pelo segredo da
família do Win. Por que ele não fala com a mãe há mais de 20 anos? Porque
Lindra Coldren não o vê desde que ele tinha uns 8 anos?
Abra bem os seus olhos. Não se
deixe distrair por todos os personagens e suas ótimas tiradas. Uma das qualidades
do autor é criar personagens com um senso de humor sensacional. Você acha que
aquela pessoa que aparece do nada é só um personagem estepe que vai sumir
rapidinho e de repente ele está soltando as melhores tiradas do livro e
fornecendo pistas chaves. Nesse livro o
prêmio de melhor personagem novo vai para o Carl. Vocês irão conhecê–lo.
Pontos para o humor do Myron! O
cara mais engraçado investigando um caso. Ele fica mentalmente estudando as
situações, tirando altos sarros de si mesmo e soltando as melhores piadinhas
para as horas e frases clichês.
Agora alguém me diz O QUE FOI O
HOMEM DA SOMBRA (ah, esqueci, Myron, Win e Esperanza são mestres em dar
apelidos. Nesse livro Crusty e Homem da sombra são TOP)!
Sempre reclamo de alguma coisa
senão fica babação de ovo demais e pega mal né, afinal, Harlan é um dos meus favoritos.
Nesse livro, a questão é o começo. Não engata já nas primeiras páginas, porque
o próprio Myron começa sem levar muita fé na história. E quando você pensa que
ainda pode levar no banho Maria, as pistas começam a cair na sua cabeça.
Uma palavra quase estragou minha
investigação. ACESSO. Sim, acredite, quando eu falei em detalhes, era sério. Eu
estava indo linda e maravilhosa na pista do sequestrador e isso me fez dar a
volta na lua, perder umas quinhentas pistas e só muito depois retornar a linha.
E quando você pensa que acabou, que finalmente vai fechar ali, da uma reviravolta.
Ah meu Deus, era outro! Não foi ali! Como é que eu não pensei nisso? Daí vem o
Myron e se mete em mais uma e quando você está ficando nervosa porque o livro
está chegando ao fim... Mas que droga! Como é que não foi essa pessoa? Como é
que isso aconteceu? Por quê?!
Nervosa, você olha e têm três
folhas na sua mão, você está quase lá, já descobriu tudo. Já morreu, voltou,
apareceu, saiu e falou todo mundo que você pensava e... Não! Myron sacou mais
coisa e você pensando: E agora ninguém faz nada? E que droga! Você parou a
investigação antes do ponto e se isso fosse sério, ia sobrar ponta solta.
Ah, o final não é doce. Finais de
bons suspenses nunca são. Se forem doces demais o livro não foi bom. Mas
acredite, é satisfatório e emocionante. E tudo isso, todas essas voltas são
entremeadas por profundas conversas entre Win e Myron sobre porque um vencedor
é um vencedor. O que o diferencia dos outros. Você já parou para pensar nisso?
Um grande vencedor, esses caras do esporte que nunca param, sempre podem ir um
pouco a mais, buscar mais um ponto, mais um recorde, mais uma vitória. E quanto
vale uma vitória, quanto você pode se deixar dominar por isso?
– Se gritar, morre – disse Myron.
Os olhos de Crusty III continuaram arregalados. De sua boca escorria sangue. Ele não gritou. Mesmo assim, Myron estava decepcionado consigo mesmo. “Se gritar, morre”? Ele não poderia ter falado algo mais criativo?
– Onde está Chad Coldren?
– Quem?
Myron enfiou o cano do revólver na boca ensanguentada. O cano atingiu–lhe os dentes e por pouco não o sufocou.
– Resposta errada.
Esse é sem dúvida um dos livros
mais interessantes do Harlan. Ele nunca foi tão fundo num personagem complexo
como o Win. Afinal, quais são as suas batalhas? Quais você escolhe lutar e por
quê? Eu adoro o Win. Sou suspeita.
O engraçado é que enquanto eu
estava lendo esse livro, sentada no corredor do 10° andar da UERJ, um homem
passou, parou e voltou. Eu pensei que ele ia pedir alguma informação ou soltar
uma cantadinha tosca. E ainda por cima atrapalhar minha leitura! Daí ele falou
da capa do livro. Perguntou se era livro cristão. Por causa do nome, que era
bonito, inspirador e tal. Eu disse que não, isso o decepcionou um pouco, mas aí
eu falei que era suspense e que te colocava para pensar mesmo. Se a vitória
poderia valer tanto, mais do que a vida de um filho e foram uns 5 minutos de
conversa sobre o tema. Ele saiu satisfeito, perguntou se tinha em toda livraria
e eu disse que sim, em todas elas e tava barato! Espero que ele compre e goste.
Vou tentar lembrar sempre disso e levar para vida: o que diferencia um lendário de um medíocre é a gana. Aquela vontade ardendo nos seus olhos. A força que não te deixa se conformar.
Até a próxima!
Lucy
Adoro os livros do Harlan *-*
ResponderExcluirEsse eu ainda não li, mas adorei a sua resenha e você explicou exatamente como a gente fica quando lê um livro dele rsrs Parabéns pela ótima resenha!
Beijinhos
Renata
Escuta Essa
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@blogescutaessa
Oi flor
ResponderExcluirnunca li nada do Myron e fiquei bem curiosa.. sua resenha está bem completa. adorei os quotes, deu para perceber como é a personalidade de Myron.
Beijo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHarlan Corben é um autor o qual estou em falta. Esse livro está super recomendado, mas você é suspeita kkkkkkkkkkk. Gostei muito da resenha e quero muito começar a ler o autor
ResponderExcluirAinda estou em falta com o Harlan... Eu fico com muita vontade de ler a cada vez que leio alguma resenha sobre os seus livros, mas acabo não comprando e tal. Espero tomar vergonha na cara e correr atrás do prejuízo... Resenha maravilhosa como sempre Lucy. Bjus
ResponderExcluirLia Christo
www.docesletras.com.br
Faz muito tempo que não leio nada do Harlan.
ResponderExcluirGostei de sua resenha, conhecia por cima a
historia e pelo que vc escreveu parece
ser bom
bjs
eu amo esse autor e só li um livro dele,e sou louca para conhecer o Myron Bolitar!!
ResponderExcluiradorei a resenha,pena eu não ter lido nenhum livro dele,e esse já é o quarto... estou mega atrasada.
bjsss
Bianca
http://www.apaixonadasporlivros.com.br/
Adoro os livros do Harlan. Só Confie em mim que eu não gostei. Bolitar é de longe seu melhor personagem... Adoro os os livros dele. Esse já estava na minha lista de desejados, e quero ler logo, ainda mais depois da sua resenha. bjoks
ResponderExcluirEykler
www.aghridoce.blogspot.com.br
Adoro Harlan!
ResponderExcluirAdoro Myron!
Adoro o humor ácido de seus textos!!!
Ótima resenha!
Bjks
Ahhh vcs são uns amooores! Ainda bem que curtem, senão eu tava era ferrada! Bjuuux
ResponderExcluirAMO Myron!
AMO Win!!