Autora: Brittainy C. Cherry
ISBN: 9788501075666
Ano: 2016
Páginas: 308
Editora: Record
Sinopse:
Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está
tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado
um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e
enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém,
ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo
vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre
agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo
descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado
pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar
dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em
sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço
para um novo começo. Ou talvez sim.
Resenha:
Após o sucesso de “Sr. Daniels” fiquei ansiosa para ler
alguma obra da autora Brittainy C. Cherry, mas foi no Mochilão da
Galera Record em Maio/2016, que eu percebi por qual livro eu queria
começar. E esse livro era “O ar que ele respira”.
Mesmo quando o coração está em pedaços, ainda resta uma esperança quando se lê um romance. (pág. 96)
O livro é narrado em primeira pessoa por dois personagens,
Elizabeth e Tristan, e logo no primeiro capítulo conhecemos Tristan
Cole. Tristan era um pai e marido extremamente apaixonado por sua vida e
família, que está prestes a dar um grande passo na sua carreira
profissional, porém um acidente muda tudo. Um dia ele acorda e é o
homem mais feliz e realizado do mundo, e mais tarde no mesmo dia ele
não tem nada. Tristan perdeu sua esposa e filho em um acidente de
carro.
Logo em seguida conhecemos Elizabeth Bailey, que está tentando
seguir com a sua vida após a morte do marido. Lizzie tem uma filha
de 5 anos, Emma, e é ela que mantém sua mãe de pé, mesmo as duas
passando por uma situação tão difícil e delicada. Elizabeth passou um ano morando com a sua mãe após a morte de
Steven, e decide voltar até Meadows Creek, a cidade onde morava com
sua família, e é lá onde ela conhece Tristan. Ele se mudou após a
morte de Jamie e Charlie, e agora é vizinho de Elizabeth.
Todos na cidade possuem uma opinião formada sobre Tristan, ele é
“cruel, frio, grosseiro e perigoso”, e aconselham Lizzie a manter
distância, mas quando olha para Tristan, ela não vê um monstro,
ela enxerga um homem extramente triste, solitário e machucado. Então resolve se aproximar dele, que tenta de todas as formas
afastá-la, mas Lizzie é teimosa. Da persistência surge a amizade,
da amizade o “acordo” e do “acordo” o amor. Mas como duas
pessoas tão machucadas podem se ajudar? Eles são um bomba-relógio,
e estão prestes a explodir.
Nós dois juntos era uma ideia terrível. Éramos instáveis, estávamos destruídos, não havia como negar. Ele era o trovão, e eu, a nuvem escura. Estávamos a segundos de criar uma tempestade perfeita. (pág. 117)
Preciso admitir que logo no início eu tive uma relação de amor
e ódio com o Tristan, após a perda ele se tornou um “serumaninho”
horrível, e de certa forma é compreensível que quase toda a cidade
não gostasse dele. Ninguém conhecia a sua história, viam apenas um
homem mal educado, mas a chegada de Elizabeth muda isso. E aos poucos
Tristan foi “voltando a vida”, em certos momentos ele me lembrou
um pouco “A Fera” de “A Bela e a Fera”, o que fez com que eu
acabasse me apaixonando pelo personagem.
Elizabeth não é uma personagem perfeita, mas os erros dela são
tão humanos, que é quase impossível não gostar dela também. Mas
a grande estrela desse livro, na minha opinião, foi a Emma, que
criança mais fofa e maravilhosa. Na maioria das vezes que eu chorei
nesse livro foi por causa dela. Também não posso esquecer de
mencionar a Faye, melhor amiga da Lizzie, os momentos onde a
personagem aparecia eram sinônimos de gargalhadas.
Esse livro se trata de uma série que vai falar sobre os 4
elementos: Ar, Fogo, Terra e Água.
A escrita da autora é cheia de sentimentos, e os personagens amam
e sofrem (e como sofrem!), mas não desistem de buscar o ar para
respirar. É um livro para você rir, chorar, ficar com raiva, e
chorar novamente.
Eu amei o livro, só não se tornou um dos meus favoritos porque
perto do final comecei a “adivinhar” o que ia acontecer, e achei
alguns acontecimentos previsíveis. Mas vou guardar a história de
Tristan e Lizzie no meu coração, eu amei conhecê-los. Com toda
certeza vou continuar lendo outros livros da autora, Brittainy
definitivamente me conquistou.
E vocês? Já leram “O ar que ele respira” ou “Sr. Daniels?
Se já leram me contem o que acharam! Se não, corre gente, leiam
logo pra podermos conversar!!! rs
Beijos, e até a
próxima!
QUOTES FAVORITOS:
- Você não precisa estar bem o tempo todo. É normal sentir a dor de vez em quando. É normal se sentir perdida, como se estivesse andando no escuro. São os dias ruins que tornam os bons ainda melhores. (pág. 172)
Cada vez que ele entrava em mim, era como se estivesse se desculpando por algo. Cada vez que me beijava, parecia que suplicava meu perdão. Cada vez que me beijava, parecia que suplicava meu perdão. Cada vez que ele piscava, eu podia jurar que enxergava sua alma. (pág. 176)
Sabe aquele lugar entre os sonhos e os pesadelos? Aquele lugar onde o amanhã não chega e o passado não dói mais? O lugar onde seu coração bate em sintonia com o meu? Aquele lugar onde o tempo não existe e é mais fácil respirar? Quero viver nesse lugar com você. – TC (pág. 179)
- [...] Os pequenos momentos de felicidade compensam a dor, e os cacos do coração podem ser colados novamente. Quer dizer, sempre fica uma cicatriz ou outra, e, às vezes, as memórias do passado te queimam por dentro, mas são uma lembrança de que você sobreviveu. É esse fogo que nos faz renascer. (pág. 191)
- As pessoas falam muito e se atrevem a dar conselhos sobre como superar o luto. Elas dizem que você não deve namorar por anos, que deve esperar o tempo passar, mas a verdade é que não existe tempo para o amor. A única coisa que importa para o amor é a batida do seu coração. Se você ama, não deixe isso te atrapalhar. Apenas se permita sentir novamente. (pág. 226)
- No final, não são nas cartas de tarô, nos cristais, ou nos chás especiais que reside a magia. A magia está nos pequenos momentos. Nos pequenos gestos, nos sorrisos gentis e nas risadas silenciosas. A magia é viver todos os dias e se permitir respirar e ser feliz. Meu querido, a magia é amar! (pág. 248)
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